13 de fev. de 2009
PLANTAS MEDICINAIS!...
R E M É D I O S...
O remédio que resolve problemas graves é chamado um "santo remédio".
Dizem também: Deus querendo, água do pote é remédio.
P L A N T A S M E D I C I N A I S :
São administradas em chás, garrafadas, xaropes, cheiros e defumadores,
em banhos e em banhas. - É bom lembrar que não só raizeiros conhecem
raízes, sementes e folhas. Todos conhecem e usam as plantas
medicinais: quebra-pedra, boldo, carqueja, hortelã. Especialmente, o
conjunto das mulheres de uma rua ou bairro cultiva o conhecimento das
plantas. Quando alguém adoece, as comadres conversam. Uma sabe o que é
bom, outra sabe onde cresce. Vão aqui aqui apenas alguns exemplos do
uso das plantas e sem nenhuma garantia da parte do autor deste artigo.
AGONIADA Planta medicinal para tratamento das doenças do
útero, dos ovários, da asma. Cura corrimentos.
ANGICO Planta medicinal. Misturado ao olho-de-goiaba e à
casca do pajeú, é usado como remédio contra veneno de cobra(BA,médio
São Francisco).
ASMA Remédio contra asma: Toma-se três raízes de erva
cidreira(socadas) e três casas de "Maria Barreira"(marimbond o). Depois
de tudo fervido e coado, tomar o chá.
CAJU Como remédio, o caju é bom para tosse de cachorro,
depurar o sangue, contra escorbuto, afta, cólica intestinal, males dos
rins. A cinza serve para dentifrício. A casca, boa para tirar cansaço.
O óleo da castanha é útil para desinfetar e para verme no intestino,
ajuda na cura de eczema e de hanseníase, cicatriza verruga e úlceras.
O suco da fruta, entre outras coisas, é bom para tratar diabetes,
sífilis, icterícia, dores de mulher.
CAPIM-AÇU É bom para o pulmão e cura coqueluche, que
chega a prejudicar as vistas da criança. Usam o sumo do capim-açu com
leite de égua. É um remédio quente. Também levar a pessoa para dentro
do rio de manhã cedo e mergulhá-la três vezes dentro da água. Existem
ainda as simpatias para curar coqueluche: casinha de "Maria Barreira".
O governo promove a vacinação preventiva e obrigatória.
GUINÉ Planta medicinal, mas fedorenta. A raiz é remédio
fino, diurético, depurativo do sangue, traz alívio na dor de dente, e
é abortivo. Guiné na cachaça de uso externo é bom para reumatismo.
Doses elevadas podem levar à morte. Defumatório de folhas de guiné nas
sextas-feiras às portas das casas ou dentro delas é usado como
preservativo contra mandingas e coisas-feitas. Há figas esculpidas em
guiné, e Santo Antônio de Guiné.
A COLHEITA DAS PLANTAS MEDICINAIS Há plantas que, por
mistério, apenas aparecem em determinada hora ou dia. Há plantas que
ganham mais força quando são colhidas no dia de certo santo, por
exemplo na noite de São João ou em Sexta-feira Santa. O curador em
busca de plantas medicinais poderá pedir licença: Deus te salve,
laranjeira que venho te visitar. Venho te pedir uma folha para nunca
mais voltar.11 Segundo os raizeiros, há plantas encantadas que só são
encontradas após certas cerimônias. O mesmo existe na Angola. - É
costume plantar para o uso medicinal, um pouco de alho, fumo, arruda,
na Sexta-feira da Paixão(o dia da salvação).
É impossível separar a planta medicinal da religião. A
própria rezadeira benze e ensina as plantas. Há muitas plantas com
nomes religiosos: espinheira santa (Neutraliza o ácido, por isso é boa
contra úlcera no estômago. O suco cura até bêbados. Encontrada na
região de São Paulo ao Rio Grande do Sul.) malva-de-São- Francisco,
São-Caetano, Santo Inácio, Vassourinha de Nossa Senhora,
raiz-do-Espírito Santo, etc..
O U T R O S R E M É D I O S
BANHA Pomada da medicina popular. Exs: banha de jibóia é
boa para reumatismo; banha de capivara para zoeira nos peitos; banha
de canela da ema para surdez; banha de galinha é bom para perebas e
tumores; banha de jacu é usada na asma e chiadeira do peito; banha de
porco desinflama panariz e, derretida na pinga, cura embriaguez. Banha
de traíra cura dor de ouvido.
CORDÃO UMBILICAL É guardado e usado para remédio: chá de
cordão é usado contra epilepsia.
CREOLINA Remédio caseiro contra a malária e dor de dente.
Num gargarejo, cura dor de garganta. Umas gotinhas no café da manhã
curam a gripe. Na água do banho, para curar caruara, frieira e feridas
e ficar com a pele lisa. Ela pura cura bicheira.
RISCADO DE CINZA Cura empazinado. Barriga doendo, porque
cheia de gaz. Remédio: riscado de cinza de fornalha. Beber a água e
passar a borra em cruz no umbigo. Observamos a não-separação de
remédio e reza.
LEITE MATERNO Usado como colírio.
PEDRA-DO-BUCHO O mesmo que maçã, benzoá, bezoar. Trata-se
de uma bola compacta de pelos(tricobenzoar) ou vegetais, formada no
estômago dos ruminantes. É usada, entre outros, contra a lepra(no Vale
do Jequitinhonha. MG).
PICUMÃ ou PUCUMÃ Fuligem do fumeiro, às vezes usado em
remédios e para curar o umbigo de recém-nascido.
RAPÉ Pó de fumo de rolo, torrado e moído. Dor de barriga
de menino é curada com três cruzinhas de rapé em cima do umbigo. Há
também o rapé de emburana macho.
O povo distingue: remédio fino, remédio fresco e remédio quente:
REMÉDIO FINO Provoca suadouro. Por isso o doente não pode
se molhar na água fria de chuva ou banho. Remédios finos: (Alguns
exemplos) - Gendiroba (torrada e moída) tomada sem dieta, um baguinho
só, é bom para dores de cólica e de estômago; (Com sebo) pomada contra
dores de reumatismo. - Guiné (raiz na pinga) bom para dor e
reumatismo. Contra mordida de cobra. - Pau-de-ovelha (muqueca quente)
bom para reumatismo e dor. - Folha da negra-mina (folha amarrada na
cabeça) bom para dor de cabeça e ar-de-estupor. - Alho (chá) contra
dor de dente. - Jalapa (doce de jalapa) contra vermes.
REMÉDIO FRESCO ou FRIO O remédio fresco, chá fresco,
refresca o corpo por dentro. Cura mau-estar da vista, dos rins, fígado
e intestino. Remédios frescos: açafroa, quina, quebra-pedra, salça,
jalapa, picão, poejo, peroba rosa, tiuzinho, limão, folha de abacate,
água-da-colônia (raiz), cipó-de-São-Joã o (raiz), pimenta malagueta,
tomate, limão e caju. Folha de caju (folha seca?) cozida e adoçada é
ótima.
REMÉDIO QUENTE O remédio quente põe a doença e o calor
para fora do corpo. Usado nas doenças Sarampo, febre, catapora,
coqueluche, bixiga, gripe, asma, e outros. Remédios quentes: carro
santo, pimenta-do-reino, raiz de fedegoso, cravo, amendoim, alfavaca,
unha danta, sabugueiro, gengibre, agrião, hortelã, limão (assado),
laranja tanja, levante, anador da farmácia e outros. Alguns destes são
remédios finos. O remédio quente incomoda o fígado, os rins e o
intestino.
S I M P A T I A S :
Entre remédios, rezas e simpatias, o remédio e a reza são
os mais fáceis de definir.
A simpatia, como elemento menos racional, é mais difícil
de entender. Não é um remédio nem uma medalha. A própria palavra
simpatia já sugere um coisa que não se explica. Vejamos: uma criança
não caminha bem. A mãe pega na teia de aranha aquele bolinha amarela
que é formada pelos ovos da aranha, e esfrega-a na perna da criança.
Que é isso? Alguém poderia dizer: Ali tem cálcio, tem proteínas,
fazendo assim da simpatia um remédio. Está errado! Observem: a aranha
caminha que é uma beleza. A mãe passa os ovos da aranha na perna da
criança imaginando que a agilidade da aranha passe para a criança. É
isso aí. Outros banham a perna da criança com chá de pé de veado, pelo
mesmo motivo. Criança gaga bebe água da campainha do altar. Esperam
que o som desembaraçado da campainha que faz todos levantar e ajoelhar
na igreja, passe para a criança. Mas como pode? Não sei. Eu já não
disse que as simpatias não se explicam! Os exemplos que dei, ainda
parecem ter alguma lógica. Outros não tem nenhuma.
Há simpatia de amor, de boa sorte, para ganhar no jogo. Há
simpatias que a pessoa envolvida não pode saber. Outras a própria
pessoa faz. Na medicina popular, as simpatias servem para curar
verrugas, hemorróidas, asma, epilepsia, soluço, para o cabelo crescer,
para não secar o leite materno, na hora do parto e para sair a
placenta. Muitas vezes aparecem em conjunto com remédios e rezas. Há
simpatias de prevenção: por ex., para fechar o corpo.
A palavra `simpatia' vem do grego, "sentir juntos o
mesmo". Parte fundamental da medicina popular, as simpatias vem de
tempos remotos. Um médico suíço do séc.XVI, Paracelsus, julgava
necessária a "antiga arte de fazer uma simpatia com a doença". Esta
prática parece ter vindo do antigo Egito. A simpatia revela uma
diferença entre a terapia puramente intelectual e outra pelo curador
que conhece a doença por experiência própria e que peleja com o
sofrimento dos outros. O amuleto é uma espécie de simpatia. Embora a
simpatia não se explique, o funcionamento da simpatia supõe alguma
relação íntima entre homens, animais, plantas e planetas. A intuição
desta profunda união não leva em conta as leis de causa-fim. Por ex.:
para secar o leite materno a mulher põe ao pescoço um cordão de talos
da mamona. Fazendo uma simpatia, as pessoas buscam na ação a
concretização de um desejo. O uso das analogias para encontrar
remédios é antiquíssimo. Mas foi Paracelso(1493- 1541) que elaborou um
sistema lógico a respeito. Seguem mais alguns poucos exemplos tirados
da medicina popular:
EMPELICADO ou APLICADO Diz-se da criança que nasce
coberta por uma película. Nasceu empelicado quer dizer, nasceu para
ser feliz e ter boa sorte. Alguns colocam a película, depois de seca,
como simpatia no travesseiro da criança, sem ser
revelada.(Araç uaí.MG.1991. )
HEMORRÓIDAS Também chamada caseira. Existem orações e
simpatias para tratá-las, como sentar-se no couro do bicho preguiça.
Usam banhar com erva-de-bicho. Colocam o pó da pele torrada da moela
de galinha(MG).
MALEITA O mesmo que malária. Maleitado, com febre. Além
de remédios, encontramos uma simpatia engraçada para afastar ou
queimar a maleita. Querendo proteger-se da doença, a pessoa leva na
cabeça um feixinho de gravetos até uma encruzilhada. Lá prepara uma
trempe como se fosse uma fogueira e diz três vezes: Maleita, fica aí
que eu vou buscar fogo pra fazer café para nós. Depois afasta-se sem
olhar para trás, que a maleita ficará presa entre os gravetos.12
PREGO O gesto mágico de bater um prego numa árvore para
livrar de febre, dor de dente e hérnia, já existia na Europa antiga
precristã e perdura até hoje. Conforme uma simpatia tradicional em
Betim(MG), para diminuir o umbigo grande da criança, a mãe deve bater
um prego novo num cupim. Na medida que o prego some pela ação do
cupim, o umbigo vai diminuindo.
PROTEÇÃO Plantas como espada-de-São Jorge e guiné são
usadas como simpatia e protegem moradias e locais de comércio de maus
olhados e outros fluidos maléficos.
R E Z A :
Em Araçuaí(MG), registrei umas 2500 rezas. Boa parte serve
para curar doenças. Muitas para quebranto. Outras tantas para estancar
sangue numa ferida, para engasgo, para dor de dente, dor de pontada,
para lombrigas, para cobreiro, para íngua e muitas outras. Algumas
orações não podem ser reveladas. Algumas são preventivas, como a
oração de São Bento para cobra não ofender.
No nosso contexto, o benzimento ou a bênção é um ritual de
cura. Há benzimentos para doenças específicas e outras que servem para
qualquer doença. Por ex., faça um sinal da cruz e diga: Eu te benzo
pelo nome que te puseram na pia, em nome de Deus e da Virgem Maria, e
das três pessoas da Santíssima Trindade, eu te benzo. Deus nosso
Senhor que te cura, Deus que te acuda nas tuas necessidades. Se teu
mal é quebrante, mal invejado, olhos atravessados ou qualquer outra
enfermidade, se te deram no comer, no beber, no sorrir, no zombar, na
tua formosura, na tua gordura, na tua postura, na tua barriga, nos
teus ossos, na tua cabeça, na tua garganta, nas tuas lombrigas, nas
tuas pernas. Que Deus Nosso Senhor que há de tirar, vem um anjo do
céu, deita no fundo do mar onde não ouça galinha e nem galo a cantar.
Faz-se uma cruz em cima o copo e reze o credo três vezes, na segunda
vez reze um PN à Santíssima Trindade e na terceira vez uma Salve
Rainha a Nossa Senhora. Faça essa oração três dias seguidos. Antes do
benzimento colocar um copo com água e depois dar para a pessoa
beber.(Casa Branca.SP. 1994)
No ritual da cura, não se separam corpo e alma. Não é
possível salvar somente a alma ou apenas o corpo. Por isso, é possível
estar com o diabo no corpo. E até: deitar a alma pela boca. Nas
doenças amarram um cordão de orações no corpo, oferecem no santuário o
peso do corpo em cera. Numa oração para parto e numa outra contra
lombrigas, anotam-se numa tirinha de papel as letras iniciais da
oração, para serem engolidas. Muitos trazem no corpo as marcas do
sofrimento, da seca, da violência, da pobreza, da doença. Para ficar
invulnerável contra todos os males e perigos existem os rituais para
fechar o corpo.
Algumas fórmulas de rezas são tão antigas que suas origens
seguramente se encontram na mitologia germânica ou céltica do início
da história da Europa pré-cristã. Temos o exemplo da reza de izipa,
encontrada num código austríaco do séc.IX, ainda na época da
cristianização da Europa por Carlos Magno: Do tutano deu no osso, do
osso deu no nervo, do nervo deu na carne, da carne deu na pele, da
pele foi para as ondas dos mar etc, etc. Mas, mesmo assim, as
rezadeiras se adaptam aos tempos modernos. O micróbio já entrou na
oração contra dor de dente. O gelo na bênção da carne quebrada.
Duas formas de oração ligadas às curas:
- A oferta do ex-voto, objeto de cera, madeira, prata e
outros materiais, em forma de cabeça, perna, peito e outras partes do
corpo humano: ou então, muletas, pinturas, fotografias, miniaturas,
para pedir e agradecer curas, proteção divina em perigos, graças
alcançadas ou outra experiência religiosa. Os ex-votos ou `milagres'
são deixados em santuários de romaria.
- O exorcismo ou esconjuração. Em nome de Deus e através
de rito ou palavra dominar e expulsar um espírito mau e os vermes de
doentes, possessos de demônio ou encosto. O exorcismo tem como
resultado a cura, a reconciliação e o perdão, enfim, a salvação. Hoje
usado frequentemente nas igrejas pentecostais e no movimento
carismático católico.
Grandes epidemias históricas deixaram suas marcas na
oração pública. Vários benditos de São Sebastião, São Barnabé, e de
São José falam em "peste, fome e guerra". Especialmente os cantos de
penitência. Muitas destas coisas tem origem portuguesa e devem ter
surgidas nas epidemias, crises de fome e nas guerras de reconquista e
cruzada acontecidas em Portugal. Crises de fome em Portugal
aconteceram em 1202, 1310, 1333-1334, 1521-1522, 1597, 1655, 1659.
O ar é um dos quatro elementos e está muito presente nas
bênçãos. Vejamos a oração contra mal-de-vento- excomungado( ou: ar
bravo), em Ponte Nova(MG): Vento maldito vento excomungado Nosso
Senhor não te quer aqui. Nossa Senhora há de ti tirar. Nossa Senhora
há de ti levar. Ou então: Vento mau excomungado, vento maldito, vento
que Nosso Senhor não deixou no mundo, Se é na cabeça, São Anastácio
tira. Se é nos olhos, Santa Luzia tira. Se é no nariz, Santa Iria
tira. Se é na boca, Nossa Senhora tira. Se é na orelha, São Francisco
tira. Se é nos braços, santa Cruz tira. Se é no corpo, Senhor dos
Passos tira. PN. AM.13
Uma oração contra queimaduras menciona três do quatro
elementos: O fogo não tem frio, a água não tem sede, o ar não tem
calor, o pão não tem fome; São Lourenço, curai estas queimaduras pelo
poder que Deus vos deu. Fazer o sinal da cruz e oferecer um PN para
São Lourenço.14
A oração vem junto com o remédio: folhas machucadas de
abóbora colocadas em cima da queimadura. Há quem cura queimadura com
cuspo.
Existem alguns rituais de cura que colocam o tratamento
encrustrado na oração, isto é, reza parte das palavras antes e outra
depois. Por ex., quando se vê que um parto será difícil reza a Salve
Rainha até "nos amostra" e quando a criança nasceu continuam "o
bendito fruto do vosso ventre Jesus etc".
A verdade cura. É importante observar de que maneira
algumas grandes verdades aparecem em orações para curar, juntamente
com a fórmula: Assim como isto verdade é, etc.. Concretamente, numa
bênção de mau-olhado: <...> Jesus Cristo mente? Não Jesus Cristo não
mente! Assim como Jesus Cristo não mente, este mal não vai adiante. Da
mesma forma usam a verdade: Maria é Virgem, na oração contra a
moléstia do tempo. E para curar bicheira afirmam: Trabalhar no
domingo não vai para frente; Quem come e não reza, não se salva;
Limpas ficaram as cinco chagas de Nosso Senhor; e: Quem come e não
reza, não se salva. Rezam: Assim como trabalhar no domingo não vai
para frente, esta bicheira não vai adiante. Cai de um em um, cai de
dois em dois etc.
O assunto é rico e estenso. Aqui apenas lembramos alguns
elementos importantes.
Capítulo: 5.
C O N C L U S Ã O
Na cultura popular a cura implica num ritual: uma oração
no sentido amplo, que não contradiz a simpatia, nem o remédio. A reza,
a simpatia e o remédio formam o sagrado, o sábio e o competente tripé
da medicina popular. No tratamento popular, remédio, simpatia e reza
não se separam no tratamento da pessoa doente.
Por fim, fica a pergunta: o que fazer com os valores da
Cultura Popular na nossa medicina, na nossa vida, na nossa ciência?
Duas coisas são certas:
· É minha convicção que ainda sabemos muito pouco sobre a
vida e a religião dos pobres.
· Quando nos defrontamos com a espinela caída e outras coisas
curiosas da medicina popular, temos vontade de rir e de considerá-las
inúteis, porque não tem sentido para nós e não combinam com nossas
teorias. Aí, eu lhes pergunto: quando finalmente vamos pensar a partir
do outro que é diferente. Precisamos tentar conhecer sua história e
realidade. Os remédios, as simpatias, as rezas fazem parte do agir
coerente dos pobres do Brasil.
(Recebi Por E-mail)
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