O que é o Catimbó?
O Catimbó é o culto a árvore da Jurema.
É uma reunião alegre e festiva quando em sua forma de roda (ou gira),
mas pela falta da corrente doutrinária formal vários formatos serão
encontrados, dependendo da "ciência", vidência, maturidade e ética de
quem o dirige.
O Catimbó cultua ervas, símbolos e santos católicos, mas se tivermos
que caracterizar qual é o principal objeto de culto não há dúvida que
são as ervas. É baseado em Mestres, apesar de os Caboclos também
participarem.
Não é muito diferente ou melhor que outros cultos, e não se pode
dizer que suas entidades sejam de nível superior, pelo contrário são
semelhantes.
Tem como principal elemento a árvore da Jurema e todos os Mestres tem
uma erva de fundamento.
Descubra os mistérios da Jurema Sagrada, o reencontro com as forças
da mãe natureza através deste culto tão falado e pouco compreendido.
O ritual do Catimbó, ainda hoje pouco estudado mais muito difundido, emprega a magia das fumaças dos cachimbos virados, dos toques dos antigos atabaques, chocalhos e maracás. A presença desses mestres e mestras é constante já há muito tempo, mais de forma errada e por se apresentarem junto com os Exus, passaram a ter ser culto difundido de forma errada. Trabalham em uma faixa de energia vibratória muito parecida com a dos Exus, ou seja o preto começando a clarear para o vermelho.
Daí a necessidade da incorporação nas giras de Exu. Como o culto do Catimbó foi esquecido e eles precisavam trabalhar e prestar a caridade, encontraram na gira de Exu a faixa vibratória perfeita para realização dos trabalhos.
São entidades presentes desde o começo da Umbanda, conhecendo todas as magias e feitiços. Não tem compromisso com qualquer orixá ou entidade, respeitando somente a força de uma árvore conhecida como Jurema. Segundo os mestres do Catimbó, é da jurema que foi feito a cruz para crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Trabalham com fogo, fumaça, pontos de fogo, caldeirões com feitiços, punhais e ossos. Trazem na sua origem os sertões do nordeste onde a fome era predominante, e o sol maltratava a todos.
Muitos foram vaqueiros, tocadores de boi e andarilhos sempre a procura de alguma diversão ou amores com mulheres da vida (algumas hoje também são grandes mestras do Catimbó). Hoje o culto do catimbó, começa a tomar força novamente e algumas casas já dão suas giras separadamente das giras de Exu. Suas bebidas vão desde a cachaça, passando pelas cervejas e chegando até os misturados das terras do norte, tipo Aluá.. Não são assentados e tem por obrigação a sua casa na entrada dos barracões. São cultuados junto com as almas das segundas-feiras, recebem suas oferendas em portas de bar e em subidas de morro. Tem predileção pelo peixe frito e pelos petiscos em geral. Suas guias são de preto, vermelho e branco. Se vestem com roupas claras e alguns com roupas típicas das regiões onde viveram.
A UMBANDA DE ZÉ PELINTRA
Fica difícil falar em Catimbó sem citar o mais conhecido de todos os malandros e chefe dessa magnífica falange, Seu Zé Pelintra.
Tem sua importância hoje difundida ao ponto de ser sinônimo de catimbó e de culto da Jurema. Ogã de Xangô e morto pelas costas pelo amor de uma velha malandra, hoje Zé Pelintra é difundido e falado em toda as linhas do santo, como grande malandro e boêmio.
Grande mestre do Catimbó, comanda a falange dos mestres e mestras juremeiras e no plano espiritual continua ensinando e difundindo o culto.
Dentre os Mestres e Mestras mais conhecidas, podemos citar Zé pelintra, Mestre Junqueiro, Mestre Chico, Mestre Antônio, Mestre Bira, Carioquinha, Mestra Maria Tereza, Mestra Maria da Luz, Mestra Josefa de Alagoas entre outras. Hoje a saudação usada pala louvar os mestres do Catimbó é A COSTA!!!
A UMBANDA DE SEU MARTIM PESCADOR
São também grandes Mestres da jurema e possuidores de um grande ensinamento. São em geral marinheiros, marujos, navegadores e pescadores que na maioria tiveram seu desencarne nas águas profundas do mar. São comandados e chefiados pelo Mestre Martim, grande catimbozeiro e que trabalha com as energias das águas do mar.
Em comum não são possuidores de giras próprias e se fazem presentes nas giras do Catimbó. Em algumas regiões são conhecidos como baianos ou marujeiros. Quase sempre se apresentam bêbados, e tem em suas danças o balanço das ondas do mar. Suas cores são o branco e azul, vem quase sempre vestidos de marujos, tem no peixe o seu símbolo máximo, comem todos os tipos de frutos do mar e bebem também a cerveja e a cachaça. Sua saudação é TRUNFÊ, TRUNFÁ TRUNFÁ REÁ, A COSTA MARUJADA!!!
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