O Benzimento é uma prática muito antiga presente na maioria das culturas, religiões e seitas.
Benzer significa tornar Santo ou Bento. Bento também pode ser o nome que se dá ao Benzedor.
O Benzimento consiste em um conjunto de rezas, na formulação de garrafadas, seja de proteção ou de dosagem para proteção de casas, crianças, animais de estimação, plantas, proteção do corpo e de espírito. Utiliza-se dos mais variados objetos no ato de Benzer. Esses objetos funcionam como catalisadores e ampliadores da energia movimentada pelo Bento. O Benzedor ou Bento é aquele que movimenta energias e forças de cura em favor de outrem. O bom Bento, ou seja, aquele que realiza o Benzimento torna-se uma ferramenta prática de auxílio ao próximo e a ele mesmo.
O Benzimento sempre dá certo desde que se tenha confiança no poder das energias movimentadas, é evidente que também se deve confiar no benzimento.
No Brasil ganhou força no período da colonização junto aos imigrantes que chegaram. Vale lembrar que os próprios índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura dentro de um conjunto de orações no seu próprio dialeto. Entre os colonos tínhamos dois ramos predominantes no Benzimento de acordo com a concepção cultural da época: os Benzedores ou Rezadores e as Parteiras.
Benzedores ou Rezadores eram os homens que tinham um dom de rezar e benzer, seja com as próprias mãos ou com um objeto de sua preferência.
As parteiras eram as mulheres especializadas em partos no qual um bom parto se fazia rezando.
Na verdade ambos eram Bentos, mas por questões de fundo cultural ficou estabelecida desse modo essa divisão.
O Benzimento nessa época, e ainda hoje em locais afastados ou de difícil acesso, atendia às necessidades mais precárias da população onde o acesso a um médico era muito restrito.
Embora a medicina oficial considerar superstição a terapêutica holística do benzimento, em verdade, ela chicoteia e desintegra os fluidos nocivos que nutrem os vírus de certas infecções.
É tudo uma questão de movimentar as ondas e raios energéticos. Sob o comando espiritual do Bento, as energias são movimentadas para que o doente seja curado. Cura-se primeiro a parte etérea do ser, para que isso também ocorra na parte física.
O Benzimento se aprende dentro de uma tradição na qual quem sabe e foi preparado ensina quem precisa independente de crença ou religião. Sendo assim, o Benzimento é livre a qualquer pessoa que queira aprender. É passado geralmente de forma familiar, geralmente no fim da vida daquele que passa o conhecimento. Também pode ser passado de mestre para discípulo, dentro de uma Ordem de Bentos. E ainda existe a possibilidade daqueles que nascem com o dom, nunca aprenderam com ninguém, mas são ótimos Bentos.
Para um bom Benzimento não existe hora e nem lugar, não importa o dia e nem a Lua, o que importa é a força que o Bento usa na expressão e aplicação do verbo, pois benzer é fazer um jogo de palavras com poder de ação no etéreo e no físico.
Alguns materiais utilizados pelo Bento servem como verdadeiros pára-raios e por isso que às vezes são enterrados, despachados no mar, rios, cachoeiras ou água corrente, etc.
O dom ou a faculdade de curativa é inerente ao Bento, a preferência por certo objeto, erva, ou certa gesticulação, serve-lhe de catalisador do próprio benzimento.
Utiliza-se sempre o ato de cruzar (sinal da cruz) no Benzimento. E contrariando o que a maioria das pessoas acha, o ato de cruzar nada tem haver com o Cristianismo. O ato de cruzar e a própria cruz é um costume muito anterior ao Cristianismo e presente em várias culturas assim como o benzimento. É claro que todos os Bentos fazem Benzimentos baseados na fé que professam, mas isso não difere em nada o Benzimento no contexto geral.
Todos nós estamos impregnados de forças curativas utilizadas no Benzimento e poderíamos operar verdadeiros milagres. Não é preciso ser médium para ser um Bento. Qualquer um está apto a ser um Bento, só são necessários os seguintes requisitos:
Coração puro, limpo, livre de sentimentos ruins;
Ter a mente pura, limpa, tranqüila e livre de pensamentos negativos;
Desejo sincero de ajudar o próximo, livres de vaidades, egoísmos e espera de recompensas;
Na medida do possível evitar ter vícios para não repassarmos venenos tóxicos ao paciente;
Ter fé e acreditar muito naquilo que estamos fazendo.
(Rogério J Pinheiro)
(Recebi por e-mail)
21 de ago. de 2011
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