"Todas as gerações de todas as culturas humanas, por mais isoladas que fossem, tiveram e tem a capacidade de falar e compreender uma língua. Isso sugere que em nossos cromossomos existam genes dos quais emerge nossa capacidade lingüística. Enquanto nos desenvolvemos no útero materno, é papel desses genes de “linguagem” instruir nosso corpo em desenvolvimento a criar conexões neurofisiológicas especiais que um dia constituirão aqueles locais de onde se origina nossa capacidade lingüística. Na verdade, para todos os comportamentos que são universais para uma espécie, devem existir genes que incentivam o desenvolvimento de locais neurofisiológicos de onde esses comportamentos se originam. E se aplicássemos esse mesmo principio à espiritualidade humana? Assim como todas as culturas humanas demonstraram propensão para desenvolver um idioma, todas demonstraram claramente propensão para desenvolver uma religião e uma crença numa realidade espiritual. De acordo com o vencedor do prêmio Pulitzer E.O.Wilson: “ A crença religiosa é um dos comportamentos humanos universais, assumindo forma reconhecível em todas as sociedades, desde as tribos que subsistiam de caça, pesca e pilhagem, até as republicas socialistas. Seus rudimentos remontam, no mínimo, aos altares de ossos e ritos funerários do homem de Neanderthal.” Como afirmado por homens como Carl Jung, Joseph Campbell e Mircea Eliade, todas as culturas do mundo, desde o alvorecer de nossa espécie, mantém uma interpretação dualista da realidade – todas elas percebem a realidade como constando de duas substancias, ou reinos distintos: o físico e o espiritual. De acordo com esse fato, objetos pertencentes ao reino físico são vistos como tangíveis, corpóreos e podem ser empiricamente experimentados ou validados, isto é, vistos, tocados, degustados,. Cheirados ou ouvidos. Objetos deste reino estão sujeitos a mudanças, isto é, nascimento, morte, deterioração, e são, consequentemente percebidos em estado de constante fluxo, são temporais, fugazes. Por outro lado, nossa espécie também percebe a existência de um reino espiritual. Como esse reino transcende a natureza do universo físico, material, as coisas do espírito são imunes a suas leis de mudanças, morte e deterioração. O que existe no reino espiritual é, então, percebido como permanente, fixo e eterno. Uma confirmação da característica comum a todas as culturas, no que tange à interpretação dualista que o homen faz da realidade, é que cada cultura, desde o inicio de nossa espécie, mantém a crença na existência de espíritos guardiões a quem nos referimos como deuses. De acordo com o Dr. Herbert Benson : “ Não conhecemos nenhuma civilização que não tivera fé em Deus, ou em Deuses.” Homem, o animal musical, o animal matemático, o animal lingüístico, e também o animal espiritual. Se é verdade que os comportamentos culturais gerais representam características geneticamente herdadas, não seria plausível presumirmos que isso também se aplica a propensão de nossa espécie em acreditar em uma realidade espiritual? O fato de todas as culturas humanas, mesmos as mais isoladas, acreditarem na existência de um reino espiritual não sugeriria que tal percepção deve constituir uma característica inerente a nossa espécie, um reflexo? Se herdamos nossa crenças e inclinações espirituais, isso não derivaria de termos genes por meio dos quais esse instinto de acreditar seria passado de uma geração para a seguinte? E mais: se herdamos nossa em acreditar numa realidade espiritual, não existiria em nós algum local fisiológico de onde essas percepções, sensações e cognições espirituais seriam geradas? Uma vez que todas as percepções, sensações e cognições tem sua origem no cérebro, o mesmo deve ser verdadeiro quanto a consciência espiritual. Em conseqüência, se acreditar em uma realidade espiritual representa uma característica comum a todas as culturas, isso implica que possuímos uma função com base neurofisiológica, ou seja que referimos informalmente como a parte “ Deus” do cérebro." (A Parte divina do cérebro, Matthew Alper/ edt. bestseller - pg.93
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