26 de abr. de 2011
TEMPO... IROKO... LOKO...
Tempo!...
Senhor das estações do ano, das transformações e mudanças no meio ambiente. Divindade de grande poder e mutação constante.
Ele reside na gameleira branca. É assentado no seu pé, após preparo ritual da raiz, e o tronco é enfeitado com um ojá branco. A relação com esta árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados. Como aluvaiá, tempo carrega para longe os fluídos maléficos. Quando se manifesta os fiéis jogam sobre ele os fluídos que querem se livrar e ele corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. Às vezes bebe tanto que cai no chão. Cobre-se então com um alà branco e, pouco depois, já recuperado ele ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o bravun, ritmo gege, como rangoro. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão. Suas contas são verde musgo e riscadas de marrom. Às vezes veste-se de palha como kaviungo. Sua incorporação é pouco vista, seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barracão antes de caírem fulminados, logo se levantam e se põem a dançar.
Seu assentamento é feito numa gamela oval, se pega um pedaço do tronco da gameleira branca e faz-se uma pequena estátua de um negro africano com um idè branco no nariz, na cabeça um colar de búzios e moedas. Na gamela se põe uma corrente em volta, 6 moedas e no meio da gamela uma seta e a estátua.
Qualidades
- apanga (outono)- murunganga (verão)- kapilecongo (inverno)
- miulo
- amuraxó (bebe muito)
- mavila
- mavulu
- ekicikó
- jabukangue
- lembura
- makuradile (bebe muito)
- evazile
- zalu
- apokan
- polokun
Unsaba
- milame, colônia, saião, iriri, mãe boa, barba de velho, erva prata, crista de galo, noz moscada, abilzeiro, jaqueira e cajueiro. Quando se faz o inkice, se põe uma folha de saco-saco embaixo do pé do ìmona xikola uma folha de saco-saco e na boca uma folha de assa-peixe.
Seus bichos:
- um cabrito de chifre virado;- quatro frangos de esporão grande;
- um galo d’angola;- um pombo branco.após matar os bichos, tira-se a língua de todos eles e as esporas do galo.
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