Pessoalmente tenho alguma simpatia por este Orixá. Vamos conhecê-la.
Orixá feminino das fontes e rios, da beleza e da riqueza. É irmã e esposa de Xangô, assim como Iansã e Obá.
Representada como uma jovem muito bonita e vaidosa, quando se incorpora dança como se estivesse tomando banho em um rio, penteando os cabelos e olhando-se ao espelho; sacode os braços para ouvir tilintar os braceletes. Tem também uma dança guerreira. Rege também a fertilidade das mulheres e a riqueza.
Características: além da graça e beleza, são suavidade, gentileza, jovialidade e uma sensualidade intensa, mas discreta.
Sincretismo: é sincretizada com diversas santas católicas, entre as quais Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Conceição e a Virgem Maria.
Cor: amarelo-ouro.
Oferendas: ovos, abará, ipetê, banana, canjica, xinxim, omolucum.
Locais: rios ou nascentes.
Saudação: Ora Ieiê.
Simbolismo: espelho, abebé com estrela.
Dia da semana: sábado.
Tem várias formas, com diferentes idades e seu oxé é o seixo.
Conta-nos uma lenda, que Oxum queria muito aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, para tanto, foi procurar Exú.
Exú, muito matreiro, disse a Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos, passando roupa, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.
E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinava e consequentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findados os sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia dele.
Em um belo dia, Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum.
Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú.
Xangô então irritado e contrariado, sequestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência.
Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei.
Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pôde então retornar em companhia de Exú para sua morada.
25 de mar. de 2009
Algo sobre Oxum...
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